A pré-qualificação de interessados em participar do leilão da Varig, que acontece no hangar da companhia, do aeroporto Santos Dumont, começou por volta das 10 horas . O investidor poderá fazer ofertas para a parte doméstica da empresa (preço mínimo de US$ 700 milhões) ou por toda a companhia (preço mínimo de US$ 860 milhões)
O presidente da Varig, Marcelo Bottini disse que ao longo dos próximos 60 dias será negociado um modelo de transição dos funcionários da Varig para a nova empresa que será criada após o leilão. O desenho será estudado com os sindicatos e com o novo dono da Varig que sairá do leilão
"É uma grande vitória ter trazido a empresa até aqui com segurança, e atendendo ao público. A partir de hoje vamos ver quem será o nosso novo dono para desenvolver a nova Varig", disse Marcelo Bottini ao entrar no hangar da Varig
Sem dinheiro em caixa, a companhia depende do sucesso do leilão, marcado pela Justiça, para escapar da falência. Segundo pessoas envolvidas com o negócio, a empresa aérea OceanAir aparece como favorita. Seu dono, o empresário German Efromovich, negociou nos últimos dias com autoridades do governo e da Justiça garantias para entrar no leilão sem correr o risco de herdar dívidas da Varig.
Correm por fora o fundo de investimento Matlin Patterson, que comprou a VarigLog (empresa de logística da Varig), e um fundo canadense, que estaria sendo representado pelo escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra.
Mas num negócio cercado de questionamentos e dúvidas, feito às pressas para evitar a falência da empresa, nenhum dos envolvidos apostava ontem em um desfecho. Surgiram especulações de todo o tipo, desde que nenhum candidato se sentiria seguro a participar do leilão, até o aparecimento de um investidor de última hora. Uma informação era dada como certa: dificilmente a Varig será vendida pelo preço pedido pela Justiça.