Pressionados pelo fim da deflação no preço de óleos combustíveis (de -6,15% para 4,93%) e pela aceleração no preço de querosene para motores (de 2,53% para 7,48%), os preços do setor de combustíveis e lubrificantes aceleraram no atacado (de 0,21% para 0,46%), de abril para maio. A informação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.
Ele comentou que, tanto óleos combustíveis como querosene para motores têm estreita ligação com a cotação do petróleo no mercado internacional. Entretanto, a aceleração de preços, registrada nesses dois produtos, não se encontra em todo o setor de combustíveis no atacado. Isso porque os preços do álcool etílico hidratado estão caindo, com queda de 4,35% em maio no atacado, ante alta de 5,26% em abril.
Influenciada pelo álcool, o preço da gasolina também recuou: de elevação de 1,62% em abril para deflação de 0,27% em maio (a gasolina conta com 20% de álcool em sua formação).
Quadros explicou que a cana-de-açúcar está em período de safra, o que aumenta a oferta do álcool no mercado interno e derruba os preços do produto. "Nem com o comportamento do preço do álcool os preços dos combustíveis no atacado conseguiram cair, em maio. A influência do aumento de preços em óleos combustíveis e querosene para motores foi mais forte", comentou.
