Combustíveis e bovinos pressionaram IGP-DI em agosto

A elevação expressiva nos preços de combustíveis e lubrificantes (de -0,04% para 0,87%); bovinos (de 2,31% para 9,42%) e metais não-ferrosos (de -4,42% para 1,17%) no atacado conduziu à taxa maior do IGP-DI em agosto, que subiu 0,41%, ante aumento de 0 17% em julho. A avaliação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. O economista comentou que esse cenário levou a um aumento mais forte nos preços do atacado, de julho para agosto, medidos pelo IPA-DI (de 0,17% para 0,53%). "A contribuição do IPA para acelerar o IGP-DI foi maior do que a dos outros índices (IPC-DI e INCC-DI) que também compõem o indicador", comentou.

O economista observou ainda que o comportamento de elevação mais forte de preços, simultâneos, em segmentos tão diferentes conduziu à aceleração de preços, no atacado, dos produtos industriais (de 0,45% para 1,19%) e dos produtos agrícolas (de 0 08% para 0,34%). Segundo Quadros, esses dois segmentos contribuíram de forma equivalente para a alta mais forte do IPA-DI em agosto, ante julho. Na avaliação do economista, o aumento de 0,41% na taxa do IGP-DI em agosto representa uma espécie de "recuperação de preços", em diferentes setores, tanto no atacado quanto no varejo. Ele explicou que, em julho, a taxa de 0,17% foi muito baixa e beneficiada por uma combinação de fatores favoráveis – como o bom comportamento dos preços no atacado e reajustes negativos em tarifas e preços administrados no varejo.

"No mês passado, ocorreu um movimento de super desaceleração em vários setores", disse. Na avaliação de Quadros, as acelerações de preços registradas em agosto representariam, então, uma espécie de "correção" ante o movimento de queda de preços muito forte e atípico registrado em julho.

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