Combustíveis determinaram desaceleração do IGP-DI

A deflação nos preços dos combustíveis e lubrificantes no atacado (de -0,75%) levou à desaceleração na taxa do IGP-DI, de agosto para setembro (de 0,41% para 0,24%). A informação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Ele lembrou que, no mês passado, os preços no setor subiram 0,87%. Ainda de acordo com o economista, a deflação nos combustíveis em setembro foi o menor patamar de preços no setor desde dezembro do ano passado, quando houve taxa negativa de 2,17%.

O comportamento no setor fez com que a inflação do atacado, medida pelo IPA-DI, perdesse força, de agosto para setembro (de 0,53% para 0,28%). "A redução na taxa do IGP-DI foi 99,99% causada pela desaceleração de preços no IPA", disse o economista reiterando que os combustíveis foram fundamentais para a elevação menos intensa de preços no atacado.

Dos principais combustíveis pesquisados pela FGV, todos registraram deflação ou desaceleração de preços, de agosto para setembro. É o caso de gasolina (de 0,65% para -0,62%); álcool etílico hidratado (de 1,65% para -3,02%); querosene para motores (de 4,65% para – 6,67%); óleo combustível (de 0,55% para 0,51%) e álcool anidro (de 2,19% para 0,06%).

Esse cenário no atacado, de acordo com Quadros, também provocou reflexos no varejo, que também registra deflações e desacelerações de preços em combustíveis, como álcool combustível (de 0,82% para -2,45%) e gasolina (de -0,15% para -0 02%).

Quadros acrescentou que, no atacado, além do setor de combustíveis, também contribuíram, em menor magnitude, para a desaceleração na taxa do IGP-DI, as quedas de preços registradas em setembro, nos preços de Ferro, Aço e Derivados (-0,29%), Metais não ferrosos (-0,16%) e Outros Produtos Químicos (-0 25%).

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