Combustíveis aumentam inflação em janeiro

  João de Noronha / GPP
João de Noronha / GPP

Segundo o IBGE, a inflação de janeiro
foi influenciada pelo aumento no preço
dos combustíveis no País.

Rio – A inflação de janeiro medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,59% depois de ter ficado em 0,36% em dezembro do ano passado. A taxa, segundo divulgou hoje (09) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi a maior dos últimos três meses e está fortemente influenciada pelo aumento no preço dos combustíveis e das passagens de ônibus urbanos. O IPCA é o índice usado pelo governo federal para o cálculo da meta de inflação.

"Com a elevação dos preços da cana-de-açúcar, houve uma repercussão forte sobre os preços do álcool e o aumento foi de quase 10% nas bombas. A gasolina, que tem 25% do álcool em sua composição, subiu em média 1,19%", destacou a gerente de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos."Já as passagens dos ônibus urbanos, que representam a principal parcela das despesas das famílias no cálculo da inflação, subiram 1,82% em média. Os aumentos foram mais fortes em Brasília e Belo Horizonte."

Eulina explicou que também contribuíram para a alta do índice os reajustes dos planos de saúde, condomínios, automóveis novos e consertos de veículos. Os preços dos alimentos tiveram alta de apenas 0,11% em janeiro, contra 0,27% em dezembro de 2005. "Estamos com uma safra agrícola boa e os preços estão se mantendo baixos, o que tem contribuído para conter a inflação", acrescentou a gerente.

Os preços dos artigos de vestuário (de 1,58% para 0,03%) também desaceleraram em janeiro devido às liquidações. Por outro lado, as contas de energia elétrica ficaram 0,94% mais baratas, em conseqüência do fim da cobrança em 23 de dezembro, do valor referente ao encargo de capacidade emergencial, o chamado seguro-apagão, instituído em fevereiro de 2002 para cobrir o risco de desabastecimento de energia.

A economista do IBGE adiantou que para fevereiro a principal pressão no IPCA virá das mensalidades escolares. O índice tem como base de cálculo as famílias com renda mensal de até 40 salários mínimos e é usado pelo Banco Central para fixar as metas inflacionárias. A coleta é feita nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além de Brasília e do município de Goiânia.

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