Combates deixam pelo menos 73 mortos no Iraque

Pelo menos 73 pessoas morreram em combates entre soldados do governo iraquiano e milicianos xiitas na cidade de Diwaniya, no sul país, afirmou nesta terça-feira (29) o gabinete do primeiro-ministro. Inicialmente, as autoridades haviam informado a morte de 40 pessoas durante os embates violentos. Um acordo entre o governo e os xiitas leais a um poderoso clérigo local pôs fim aos conflitos na cidade.

Em Bagdá, apesar de sinais promissores de que a violência sectária estaria cedendo, 27 cadáveres foram encontrados em vários pontos da cidade. De acordo com autoridades, há sinais de que as pessoas foram torturadas antes de serem assassinadas. Mesmo assim, segundo o porta-voz militar americano, William B. Caldwell, o número geral de assassinatos sectários caiu 46% de julho a agosto em Bagdá.

"Em agosto, graças a Deus, o número de mortos caiu consideravelmente", comemorou, por sua vez, o vice-ministro da Saúde Sabah al-Husseini, sem apresentar cifras. Militares americanos atribuem a queda na violência sectária a uma operação lançada em 7 de agosto. Cerca de 8.000 tropas americanas e 3.000 soldados iraquianos foram enviados a Bagdá para realizar buscas sistemáticas a casas e patrulhas de rua.

Operações similares no passados ajudaram a reduzir a violência por um período limitado de tempo, mas com a saída das tropas, o número de mortos voltava a subir. Em Diwaniya, os confrontos começaram na noite de domingo e se estenderam até a madrugada de segunda-feira. "A polícia nacional do Iraque e o Exército se enfrentaram com pistoleiros e mataram 50 deles, mas esses lamentáveis atos resultaram no martírio de 23 soldados iraquianos", afirma um comunicado oficial emitido pelo primeiro-ministro Nuri al-Maliki em seu papel de comandante-geral das forças armadas iraquianas. "As forças militares iraquianas conseguiram controlar a situação em Diwaniya e restabelecer a paz na cidade, que foi testemunha de atos deploráveis perpetrados por elementos descontrolados", afirma a nota.

Um comunicado distribuído pelos militares do EUA afirma que quatro soldados e um fuzileiro americanos morreram no Iraque dois em combates na província de Anbar, um após ter sido atingido pela explosão de uma bomba em Bagdá e dois por causas não relacionadas à guerra.

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