Combate à pobreza continua lento na América Latina, afirma ONU

O relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento do Milênio 2006, divulgado hoje (3), aponta que o combate à extrema pobreza continua lento na América Latina e estagnado em 44% na África Subsaariana. Mas, no entanto, o documento registra sinais que a recente melhora no desempenho econômico dessa região, em parceria com a redução da dívida externa e com a ajuda de doadores, podem favorecer o progresso sustentado.

Em relação ao primeiro trabalho, elaborado em 2005, o trabalho confirma a tendência mundial de mobilização dos países em ações de combate à pobreza, principalmente pelos avanços conseguidos no sul da Ásia e no leste asiático.

A constatação é que, no ano passado, a ajuda pública ao desenvolvimento ultrapassou a soma de US$ 100 bilhões pela primeira vez, atingindo o nível de um terço do 1% do rendimento conjunto dos países doadores.

Além disso, os esforços para cumprir as oito metas do Objetivo do Milênio (ODM), assinado em 2000 pelos estados-membros da ONU, contribuiu para o progresso da situação de mulheres e meninas no mundo.

Segundo a pesquisa, a população feminina se beneficiou, nos últimos 15 anos, de várias ações combinadas, desde a assistência dos partos por profissionais, até às que favoreceram o aumento da escolaridade, o alcance de melhores postos de trabalho e a maior participação nos parlamentos.

Outro dado é que o consumo de substâncias que reduzem a camada de ozônio diminuiu em mais de 200 toneladas, em 1990, para cerca de 60 toneladas em 2004. O relatório classifica como "tragédia ecológica" a perda contínua de florestas, cujas áreas se transformam em terrenos agrícolas.

Mas informa que o ritmo da destruição vem caindo, embora deixe no ar a seguinte pergunta: "será que as medidas de proteção serão suficientemente rápidas para evitar alterações climáticas bruscas, uma poluição galopante e o esgotamento dos recursos de água potável?".

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