Combate à inflação pode exigir “sacrifícios maiores”, afirma Meirelles

Brasília ? O controle da inflação é condição básica para que os investidores do mercado financeiro aceitem taxas mais baixas em suas aplicações. Com essas condições, "as taxas de juros na economia podem baixar". Com esse raciocínio, Henrique Meirelles, presidente do Banco Central (BC), defendeu a mais alta taxa básica de juros do mundo, a Selic, que está em 18,5% ao ano. Mas admitiu que, às vezes, o combate à inflação "exige sacrifícios maiores do que se previa originalmente".

Hoje (6) Meirelles participou do seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária, no auditório do Banco Central. Ele reafirmou que nenhum país cresce com inflação alta contínua, e sua manutenção em nível baixo e estável "é fundamental para a recuperação da renda real do trabalho e melhoria dos indicadores sociais".

Segundo Meirelles, o ritmo de convergência da inflação com as metas oficiais, do ano passado para cá, "nada teve de exageradamente ambicioso, e abriu espaço para ganhos expressivos em termos de crescimento do produto e geração de empregos". Lembrou, também, que embora a estimativa de inflação para este ano seja de 5,6% ? meio ponto percentual acima da meta de 5,1% ? , as expectativas para 2006 convergem para a meta de 4,5%.

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