O Comando Nacional do PSDB endureceu hoje as críticas, centrando fogo no aumento dos gastos públicos do governo federal em 2004. Adotando um discurso afinado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de Minas Gerais, Aécio Neves, além do novo presidente nacional do partido, senador Eduardo Azeredo (MG), anunciaram que a legenda adotará uma postura mais dura de combate e de cobrança às promessas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha presidencial de 2002.
"O PSDB tem sido compreensivo, esperando tanta promessa, tanta bazófia, que ia fazer e acontecer. Mas, depois de dois anos, tem de dizer: o que foi feito?", afirmou Fernando Henrique resumindo o tom do encontro de quase três horas dos tucanos, em que Azeredo assumiu o cargo do prefeito de São Paulo, José Serra que se licenciou para cuidar, exclusivamente, dos interesses municipais.
Os tucanos foram enfáticos sobre o acréscimo de gastos públicos da administração federal, segundo Neves, de 25% no ano, em relação a 2003.
O ex-presidente referiu-se à elevação dos dispêndios como "gastança", que seria contida por uma política fiscal apertada, que leva à ampliação da taxa de juros, prejudicando a população.
"Essa não é uma política que o PSDB recomenda", afirmou. No mesmo tom, Alckmin criticou a gestão Lula por não cortar os gastos públicos. "Esse governo não tem austeridade fiscal", criticou.