Brasília – O Brasil é o primeiro país da América Latina a aprovar um plano de recursos hídricos que parte do princípio da gestão integrada. De acordo com o secretário Nacional de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, João Bosco Senra, as ações não foram definidas apenas sob a perspectiva da água, mas levam em conta aspectos sociais, culturais, éticos, técnicos, econômicos, entre outros.
O plano brasileiro foi aprovado hoje (30) pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos e será apresentado no 4° Fórum Mundial das Águas, a ser realizado no México, entre os dias 16 e 22 de março. João Bosco Senra destacou que, ao estabelecer diretrizes para o uso racional da água, o país cumpre uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com ele, a ONU estipulou o ano de 2005 para que os países-membros elaborassem seus planos de gestão integrada de recursos hídricos. "O Brasil é um dos poucos países do mundo, o único da América Latina, que está cumprindo essa meta do milênio", ressaltou Senra. Segundo ele, um dos programas prioritários previstos no plano é o de educação ambiental. "Sem dúvida nenhuma, esse é um programa que vai ter um grande efeito junto à sociedade", avaliou.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, salientou que o Brasil concentra 12% das reservas mundiais de água doce. Ela lembrou que, no entanto, algumas regiões, como o Nordeste e o Sudeste, enfrentam o problema da escassez de água. Por isso, destacou a ministra, é preciso buscar formas de garantir o uso racional dos recursos hídricos, e reduzir os impactos negativos causados pela agricultura.
