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De acordo com a FGV, o índice vai determinar menores ajustes dos |
Brasília ? As correções de preços de bens e serviços controlados pelas agências reguladoras serão menores em 2006, em virtude de o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de 2005 ter registrado inflação de apenas 1,21% no atacado. Abaixo, portanto, da inflação ao consumidor, que será divulgado na segunda semana de janeiro, e tem previsão em torno de 5,7%.
O consumidor de telefonia, energia elétrica, água, saneamento e ouros serviços essenciais arcou, nos últimos anos, com correções de preços bem acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso, porque os contratos das agências reguladoras são atrelados ao IGP-M, e esse índice tem sido tradicionalmente mais alto que o IPCA, que serve de parâmetro para as contas oficiais.
Ao contrário dos anos anteriores, o IGP-M de 2005 vai determinar menores ajustes dos preços administrados por contrato, ou monitorados, de acordo com o coordenador de pesquisa de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Furtado Braz. Tanto que a projeção do mercado para os preços administrados caiu dos atuais 8,7% para 4,5%, em linha com a meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para a inflação de 2006.
Além dos preços dos "serviços públicos", como combustíveis, medicamentos, educação, transporte urbano, energia e telefonia, o IGP-M também é usado na correção de aluguéis, como lembra o economista da FGV. E os inquilinos também serão beneficiados na hora de negociar a renovação do contrato, segundo André Furtado.
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