Com cenário externo ruim, juro futuro fecha em alta

O mercado internacional interrompeu a toada de queda expressiva das taxas de juros futuros no Brasil hoje. A piora de humor no exterior, provocada por indicadores apontando para o desaquecimento econômico nos EUA, desestimulou o mercado doméstico a prosseguir vendendo contratos de depósito interfinanceiro (DI). O DI com vencimento em janeiro de 2008, o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), terminou projetando taxa de 14,29% ao ano. Ontem, este mesmo contrato encerrou a 14,24% ao ano.

O dado mais importante no exterior foi sobre o mercado imobiliário dos EUA, que veio mais fraco do que o previsto. Houve queda para 6,33 milhões na média anual de imóveis residenciais usados vendidos em julho, abaixo do piso das previsões de 6,55 milhões de unidades. Ou seja, o indicador confirmou a percepção de desaquecimento do mercado imobiliário norte-americano e, conseqüentemente, da economia norte-americana.

Em reação ao indicador, as bolsas norte-americanas caíram e, aqui, a Bovespa também acentuou a queda. O dólar comercial reverteu e, no fim da tarde, na expectativa de um leilão de compra pelo Banco Central, sustentou-se em alta.

Os DIs futuros, que já sinalizavam desde a abertura pouca disposição em prosseguir em queda, passaram a projetar alta. Mas dizem operadores, ainda é possível considerar nesse movimento uma pequena realização de lucros, depois de tantos dias de queda.

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