A vitória da chapa Reconstrução Tricolor, do candidato Leonardo Oliveira, garantiu ao Paraná Clube a continuidade do apoio do empresário Carlos Werner. Porém, a partir de agora, Werner estará mais distante e espera que o clube possa andar com as próprias pernas e, principalmente se tornar auto-sustentável já na próxima temporada.
“A ideia é essa de deixar o clube auto-sustentável. Estamos contando muito com as cotas de televisão tanto do Campeonato Paranaense quanto do Campeonato Brasileiro. Vamos buscar um bom acordo junto aos colaboradores que têm seus direitos e trabalhar com mais tranquilidade. O que falta ao Paraná hoje não é administração, o que falta é dinheiro. Dinheiro não aceita desaforo. Então é trabalhar com cuidado e por isso apoiei o Leonardo. Não tenho tempo para o Paraná Clube, só tenho amor. Acredito muito no projeto e na honestidade dele. Vamos trabalhar com simplicidade. O feijão, arroz e ovo todo dia”, pontuou o empresário.
Apesar de não mais participar diretamente do dia a dia do Paraná Clube a partir do próximo ano, Carlos Werner garantiu que estará sempre à disposição quando for solicitado pela nova direção, agora liderada pelo presidente Leonardo Oliveira.
“Nunca vou deixar de ajudar o Paraná. Continuo colaborando com o Leonardo sempre. A interferência direta minha não vai somar. O Paraná não precisa de um ditador e fiz o possível para não ser um ditador dentro do clube. Sempre que eu for chamado eu vou vir aqui, colaborar, mais ouvir do que falar e manter esse bom relacionamento que eu tenho com esse grupo”, frisou Werner, que projeta já uma possível negociação da sede da Kennedy antes que a mesma seja leiloada.
“A venda da sede da Kennedy é uma possibilidade. Mas quem vende a sede social é o sócio. Eu não tenho o poder de vender, o Leonardo não tem esse poder. Mas é uma saída se o Paraná entrar para o próximo ano com uma folha de pagamento menor, com a espinha dorsal montada e sem dívidas deste ano. Com certeza já entra melhor que nesse ano”, cravou.
Eleição
A chapa Reconstrução Tricolor, que venceu o pleito, pediu junto à comissão eleitoral do clube, que o voto de Rubens Bohlen fosse impugnado por ele estar inadimplente com sua mensalidade até a data prevista. Porém, como o voto não é nominal e a cédula do ex-presidente foi depositada junto com as demais, a eleição poderia correr o risco de ser impugnada em caso de vitória da oposição.
Aurival Correia, Aramis Tissot, Ònio Ribeiro, Ocimar Bolicenho, José Carlos de Miranda, Aquilino Romani e Darci Piana também votaram.