Enquanto os candidatos à prefeitura de Curitiba, Beto Richa (PSDB) e Ângelo Vanhoni (PT), preparavam-se para o debate na Rede Paranaense de Comunicação (RPC), afiliada à Rede Globo de Televisão, os departamentos jurídicos das duas coligações foram à Justiça Eleitoral pedir a cassação das candidaturas. Ambos são acusados de abuso de poder econômico.
Os defensores de Vanhoni basearam a denúncia no fato de que, na noite de quinta-feira, o ex-vereador de Curitiba Geraldo Yamada (PSB), que está trabalhando na campanha de Richa, foi conduzido à Polícia Federal sob acusação de que estaria tentando comprar voto da ex-candidata à Câmara Municipal Maria Rosa (PSC). A ação foi gravada. No entanto, a Polícia Federal “após consulta à Justiça Eleitoral e Ministério Público, e feita profunda análise por parte do delegado de plantão, Maurício Valeixo, entendeu não estar tipificado crime eleitoral”. Mesmo assim, a assessoria jurídica protocolou o pedido de investigação.
Para o advogado da coligação “Tá Na Hora Curitiba”, Guilherme Gonçalves, o fato de a PF não considerar crime eleitoral não impede que haja uma investigação de abuso de poder econômico, pois para ele “é mais do que evidente”.
Quase no mesmo horário, o advogado da coligação “Curitiba Melhor Prá Você”, Gustavo Kfouri, protocolava pedido para apurar abuso de poder político e econômico por parte da coligação de Vanhoni e do governador Roberto Requião (PMDB). Segundo ele, entre outros “abusos”, estariam sendo utilizados carros oficiais e a TV Educativa para eventos eleitorais, além de haver intimidação. O juiz da 1ª Zona Eleitoral de Curitiba, D´Artagnan Serpa Sá, já alertou que não poderá apreciar as ações imediatamente, pois precisa analisar primeiro os 670 processos de prestação de contas.
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