Os curitibanos estão separando cada vez mais o lixo. Os dados do Departamento de Limpeza Pública demonstram que a coleta feita pelos caminhões do Lixo que não é Lixo na cidade aumentou 43%, no mês de julho, comparando com o mesmo período do ano passado. Resultado é reflexo direto da nova campanha de separação lançada em fevereiro pela Prefeitura de Curitiba.
Em julho, os caminhões recolheram 898 toneladas de material reciclável. No mesmo mês de 2005, a quantidade recolhida de lixo que não é lixo foi de 626 toneladas. O secretário municipal do Meio Ambiente, Mário Sérgio Rasera, atribui o resultado a campanha de separação. "Comemoramos a participação e a adesão da população ao programa, que depois de 17 anos voltou a ter contato de forma massificada com o assunto, e a entender melhor sua responsabilidade como geradores de resíduos", diz.
Os registros de coleta seletiva mostram que depois do lançamento da primeira e segunda etapa da nova campanha, em fevereiro e junho, os índices da coleta seletiva vêm aumentando a cada mês, comparado com os mesmos períodos de 2005. Em março e abril, o índice foi de 27%;em maio, 34%; em junho, 30% e em julho, 43%.
A gerente de Limpeza Pública, Gisele dos Anjos, informa que a média geral de aumento nos primeiros sete meses do ano é de 25%. Somados estes meses, em 2006 a prefeitura coletou 5.619 toneladas de lixo reciclável, contra 4.490 em 2005. "Isso quer dizer que passamos de uma coleta diária de 25 toneladas para 32 toneladas de lixo que não é lixo", calcula Gisele.
Apesar dos bons resultados, o secretário Rasera diz que é preciso uma avaliação cautelosa dos números. "Estamos no caminho certo, mas ainda há muito que fazer quando o assunto é lixo", afirma Rasera.
Em sua nova versão, o programa SE-PA-RE traz como mote uma família colorida formada por quatro personagens: Vidroaldo, Plastilde, Ed Metal e Papelucho. O mix de peças publicitárias inclui spots para TV e rádio, anúncios para revistas e jornais, mobiliário urbano, busdoor, outdoor, cartilhas e folders direcionados a condomínios e escolas.
A gerente de Limpeza conta que assim que a campanha foi para as ruas, escolas, condomínios e até empresas passaram ligar e solicitar informações e material de divulgação. "Notamos que as organizações sociais e o cidadão comum, que estava afastado do programa, voltaram a se interessar pela separação e a se envolver diretamente com a campanha", diz Gisele.
