O animado carrossel da política nacional dá voltas e mais voltas, algumas bastante sintomáticas. A observação tem fundamento na eleição do senador Sibá Machado (PT-AC) para a presidência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. A vice-presidência ficou com o senador Adelmir Santana (DEM-DF), e a chapa sufragada com 15 votos favoráveis resultou de acordo entre a base governista e a oposição.
Romeu Tuma (DEM-SP) exerce a função de corregedor-geral da Casa e, nessa condição, está examinando os documentos relativos aos pagamentos feitos por Renan Calheiros à Mônica Veloso, a fim de decidir se há ou não elementos para instaurar processo contra o presidente do Senado.
O senador Sibá Machado é um dos mais ferrenhos aliados de Renan Calheiros, e sua eleição para o cargo foi recebida com inegável reserva tanto por parlamentares quanto por experientes observadores do Congresso Nacional.
É da competência do presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar arquivar ou autorizar o andamento dos processos encaminhados ao órgão. Daí a interrogação. Tuma assinalou, entretanto, que os integrantes do conselho têm autonomia para rejeitar a decisão do presidente e aprovar proposta em sentido contrário.
Pelo andar da carruagem, com a insistência de Renan em sentar na cadeira de presidente do Senado, enquanto se processa a apuração da origem do dinheiro repassado para cobrir despesas de sua filha com a jornalista Mônica Veloso, o distinto público pode aguardar novas emoções. Coisas da política…