Record foi escolhida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para ser proprietária de todos os direitos de transmissão para o Brasil dos Jogos de Inverno de 2010, em Vancouver, no Canadá, e da Olimpíada de 2012, em Londres, na Inglaterra. Os direitos incluem TV aberta e TV paga. A emissora, no entanto, não tem se pronunciado oficialmente sobre o caso. Explica-se: o contrato que sacramenta a decisão ainda não foi assinado.
Mas representantes de Globo e Bandeirantes, os outros dois grupos brasileiros presentes à reunião realizada na última semana na Suíça, já foram informados de que a proposta da Record foi a eleita pela COI.
É a primeira vez que o COI negocia os direitos de transmissão de Olimpíada no Brasil por meio de oferta por exclusividade. Até a transação pela Olimpíada de 2008 (que será exibida por Globo e Bandeirantes), havia um preço fixo pelo menu: pagava quem podia.
Agora, passa a valer a mesma regra que tem movido a Fifa a jogar a bola da Copa do Mundo, desde 2002, no pé de um único grupo – no caso da Copa, a Globo tem os direitos até 2014.
É um tipo de negociação que inflaciona o preço do negócio. A Record ofereceu agora US$ 60 milhões pela Olimpíada de Londres. Para se ter uma idéia, os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, foram vendidos por US$ 30 milhões para quem quisesse comprar os direitos de transmissão em toda a América Latina.
Caberá à Record resolver se vai ou não revender os direitos de transmissão do que agora lhe cabe, especialmente na TV paga: ao contrário da Globo, a emissora não é sócia de qualquer operadora e poderá revender seu peixe como e a quem lhe convier, caso o contrato com o COI seja consumado.