As famílias que moram na Vila Parolin começaram a ser ouvidas nesta quarta-feira (19) no trabalho de cadastramento que a Cohab está fazendo na área. A pesquisa, semelhante a um censo, é o mais completo levantamento socioeconômico realizado no local que abriga uma das mais antigas e complexas ocupações irregulares da cidade.
Uma equipe de dez pesquisadores, coordenada por uma assistente social, está percorrendo as ruas da Vila, seguindo a numeração das casas definida no mapeamento que a Cohab iniciou na semana passada. As entrevistas seguem um formulário padrão, com quatro páginas, que inclui informações sobre renda e ocupação do chefe de domicílio, composição familiar, escolaridade, tempo de residência na área e condição da moradia.
"Esta é a primeira vez que o município faz um trabalho com esta abrangência na Vila Parolin. Permitirá que tenhamos uma radiografia da área e dará subsídios para o projeto de urbanização e regularização, que é o objetivo final do município", explicou o presidente da Cohab, Mounir Chaowiche, ao acompanhar, junto com o administrador regional do Portão, Fernando Guedes, o início do cadastramento.
A previsão é que cadastro demore cerca de um mês para alcançar todas as famílias da Vila Parolin. O número total de domicílios será conhecido ao final da pesquisa, porque até agora os técnicos da Cohab tem apenas estimativas sobre a população local. Uma contagem feita a partir de uma foto aérea de 2003 indicou a existência 1.853 casas, mas os moradores mais antigos acreditam que pode ser superior a 2.000.