O ministro do Planejamento, deputado Paulo Bernardo, esteve na cidade para receber a justa homenagem devida ao único paranaense com cadeira no primeiro escalão da República. Fez e ouviu discursos, deu entrevistas, ouviu lamúrias de correligionários e, decerto, cochichou segredos de confessionário e/ou recolheu-os dos mais íntimos.
Bernardo retornou a Brasília com o ego massageado pelo reconhecimento de significativo arco social, político e econômico, expressiva representação de proeiros da sociedade paranaense.
Movido pelo entusiasmo que o momento propiciava, o ministro Paulo Bernardo, antes de tudo um homem de partido, não economizou comentários sobre o andamento da atividade política no Estado, arriscando algumas conjeturas para 2006.
Mesmo sem assumir que é pule de dez a ser sacada da manga pelo PT no momento oportuno, Bernardo repetiu o que havia dito antes quanto à fluidez da aliança com o PMDB. Pragmático a não mais poder, o ministro lembrou que seu partido e o PMDB não nasceram grudados como irmãos siameses.
A imagem, por si mesma, é impregnada de certa rispidez, e para os observadores da política paranaense significa, quiçá, a explicitação do rompimento. Ladino, Paulo Bernardo assegurou, no entanto, que o assunto só será discutido no próximo ano.
