Cocamar espera vender mais café

Mesmo com inverno pouco rigoroso este ano, a Cocamar está apostando na temperatura mais baixa para incrementar as vendas de suas marcas de cafés e cappuccinos. Distribuídos principalmente para pontos de vendas do Paraná e do interior de São Paulo, esses produtos ainda têm participação modesta no leque de itens destinados às gôndolas pela cooperativa cujo campeão é o óleo de soja e, que deve faturar R$ 220 milhões em 2006.

No entanto, a Cocamar quer aproveitar o inverno deste ano para tentar aumentar em 25% os negócios com café torrado e moído – cujas marcas ?Cocamar? e ?Maringá? são encontradas em embalagens à vácuo e tradicional (almofada), tamanhos 250 e 500 gramas. Para isso, estão sendo desenvolvidas ações como degustação em pontos de venda.

O ?Cocamar? é definido como um café prêmium, padrão exportação, enquanto o ?Maringá? atende a preferência por um produto mais encorpado e extra-forte.

Segundo o gerente de marketing e vendas da cooperativa, Marcos Orozimbo Rosas, embora o café seja consumido durante o ano inteiro no País, o período de maior demanda é o inverno. ?Como a Cocamar está presente em toda a cadeia produtiva do café, ela controla a qualidade dos grãos utilizados no processo industrial e oferece um produto final que atende às expectativas dos consumidores?, frisou.

De 2003 para 2005 o consumo de café torrado e moído cresceu 23% no País, saltando de 294,4 mil toneladas para 364 mil toneladas. No mesmo período, o faturamento dessa categoria passou de R$ 1,946 bilhão para R$ 3,030 bilhões.

História ligada ao café

Fundada em 1963 por cafeicultores, a Cocamar tem toda a sua história ligada ao café. Embora a cooperativa tenha diversificado seus negócios, a cafeicultura ainda é um item importante para a receita de um grande número de pequenas propriedades situadas nas regiões norte e noroeste do Paraná.

Na safra atual (2005/06), a Cocamar deverá receber cerca de 300 mil sacas beneficiadas, volume bem acima do alcançado no período anterior (2004/05), de 185 mil, o que se deve à característica de bianualidade de produção dos cafezais.

São 11 mil hectares cultivados na região de atuação da cooperativa, a maioria pelo sistema de plantio adensado (mais junto), modelo difundido no País pela própria Cocamar no início dos anos 90, quando o setor passava por uma grande crise. O adensamento, que garante maior produtividade às lavouras, fez com que o café voltasse a ser viável como opção de renda especialmente em pequenas áreas.

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