Apesar da estiagem e da proliferação da doença conhecida como "estrelinha" ou podridão floral, que reduziram a expectativa inicial de produção na região Noroeste do Paraná, a Cocamar encerrou o processamento de laranja da safra 2006/07, em dezembro último, com uma produção 20% superior a do ano passado. Foram recebidas 2,886 milhões de caixas de 40,8 quilos, contra 2,469 milhões da safra anterior, segundo informou Antonio Ailton Basso, o Tuna, gerente industrial da empresa. A expectativa era atingir cerca de 3 milhões de caixas.
A maior parte da produção foi processada e transformada em 11,54 mil toneladas de suco concentrado, 90% das quais destinadas ao mercado internacional. Do volume total de laranja colhida, 70 mil caixas foram comercializadas in natura, destinando-se 80% para o mercado interno e 20% para o externo.
De acordo com Tuna, o incremento na produção deve-se principalmente à entrada em produção dos primeiros pomares plantados na segunda etapa de fomento da Cocamar à citricultura na região, de 2001 a 2004. Dos 7,376 mil hectares de citros cultivados no Noroeste do Paraná, pela Cocamar, num total de 2,658 milhões de pés, mais da metade ainda não atingiu a fase produtiva. Quando todos estes pomares estiverem em plena produção, nos próximos dois anos, a cooperativa espera receber 7,575 milhões de caixas de laranja das variedades iapar, pêra, valência e folha murcha, além de tangerina e limão.