Brasília ? O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou hoje (30), por unanimidade, a proposta da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas de criação de varas especializadas no combate ao crime organizado. A informação foi dada pelo presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE).

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Segundo o deputado, o conselho vai sugerir a todos os tribunais de Justiça e à Justiça Federal a instalação desse tipo de vara especializada no Brasil.

"Tenho certeza de que todos vão receber [a sugestão] de bom grado e implantá-las [varas] o quanto antes. Essa é um a grande vitória contra o crime organizado, porque a burocracia judiciária não estará mais a favor do crime organizado, e sim contra ele. A partir do momento que forem instaladas as varas especializadas, o crime organizado não terá o poder de intimidação que tem hoje, com o juiz singular", afirmou Torgan, depois de participar de reunião do CNJ.

Ele disse que essas varas poderão evitar que juízes sejam intimidados pelo crime organizado, como está acontecendo hoje. "O crime organizado não terá o poder de intimidação que tem hoje com o juiz singular. O juiz singular estava sendo intimidado de todas as formas. Com a implantação das varas especializadas, acredito que vamos acabar com esses dois problemas: o problema da intimidação e o problema da falta de especialização", afirmou o deputado.

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Os integrantes da CPI ainda se reunirão com os membros do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para tratar do envolvimento de advogados com o crime organizado e também para falar da exposição de advogados ao crime organizado. A reunião está prevista para terça-feira (6) na sede da OAB.