O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) referente ao primeiro trimestre deste ano caiu 5,4% em relação ao último trimestre de 2006, passando de 111,9 pontos para 105,9 pontos, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com esse resultado o Inec, na avaliação da CNI, voltou praticamente ao mesmo patamar do primeiro trimestre de 2006, quando registrou 104,9 pontos. "Os números mostram uma clara reavaliação de expectativas por parte do consumidor, porque todos os componentes do índice registraram recuos", afirma a CNI em nota divulgada nesta sexta-feira (13).
A maior queda foi do indicador de perspectiva para o ano, que perdeu 9,4% no primeiro trimestre deste ano ante o último de 2006, caindo de 121,5 pontos para 110,1. A intenção de compras no trimestre também teve um recuo de 4%, passando de 103,6 pontos para 99,5. A CNI esclarece que esse foi o único componente do Inec abaixo dos 100 pontos, "o que significa que a expectativa do consumidor quanto à compra de produtos no segundo trimestre está abaixo da que ele tinha em outubro de 1997".
A expectativa quanto à evolução da inflação também teve uma queda, de 1,2%, o que significa, segundo a CNI, que o consumidor acredita num aumento de preços no atual trimestre.
O único índice que registrou aumento foi o medo do desemprego. O indicador é medido por variações negativas e caiu de 108,9 pontos para 100,6.
O aumento da renda também não entusiasmou o consumidor no primeiro trimestre. Na comparação com o primeiro trimestre de 2006, o indicador de expectativa de renda geral recuou 7,3%, passando de 117,1 pontos para 108,6. O de renda pessoal teve queda de 5,5%, de 113,9 pontos para 107,6 pontos.
O Inec é elaborado trimestralmente pela CNI a partir da pesquisa de opinião pública de abrangência nacional feita pelo Ibope. Para esse último levantamento foram ouvidas 2002 pessoas, em 140 municípios, entre os dias 26 de março e 2 de abril.