Em nota divulgada hoje, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) diz que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a interrupção da gravidez em caso de feto anencéfalo (sem cérebro) deveria ter sido tomada depois de ampla reflexão pela sociedade e a participação do plenário da instituição. Ontem (1), o ministro concedeu liminar à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde reconhecendo o direito da gestante de interromper a gravidez nessa situação.
Na nota, a CNBB afirma que foi surpreendida pela “decisão solitária do ministro Marco Aurélio”, que entendeu não haver crime de aborto nesse caso. “Desta forma, autorizou a interrupção voluntária da gestação de uma vida humana” , acrescenta.
A CNBB diz ainda que confia no senso de Direito e de Justiça dos membros do STF para reverter a decisão. “De fato, a vida humana, que se forma no seio da mãe, já é um novo sujeito de direitos e, por isso, tal vida deve ser respeitada sempre, não importando o estágio ou a condição em que ela se encontre”.
A nota é assinada pelo presidente da CNBB, Dom Geraldo Majella Agnelo, pelo vice-presidente Dom Antônio Celso de Queirós e pelo secretário-geral Dom Odilo Scherer.
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