Brasília – O vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Antônio Celso Queirós, lamentou as denúncias de corrupção envolvendo o ex-assessor da presidência Waldomiro Diniz. Mas afirmou não ser este o problema mais grave que o Brasil tem para resolver. ?Acho que isso é um episódio menor diante de toda a problemática que se coloca para o país, porque o destino de 180 milhões de habitantes está em jogo. O mais lamentável é a seqüência de escândalos que surge por todo lado, no Judiciário, no Legislativo, nas altas esferas, no mundo empresarial?.

Em entrevista coletiva à imprensa, D.Queirós disse que qualquer autoridade está sujeita a ser surpreendida por atos ilegais de um subalterno. Foi uma referência à ligação de Waldomiro Diniz com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. “Mas ela só tem culpa se não fizer nada para impedir o crime”, avaliou.

Biossegurança

Os bispos também manifestaram preocupação com a Lei de Biossegurança, em tramitação no Senado, sobretudo com relação ao plantio de transgênicos. ?Os nossos produtores ficarão sujeitos a patentes. Isto pode tirar a possibilidade de crescimento interno dos nossos agricultores?, afirmou o presidente da CNBB, Dom Geraldo Majella.

Os bispos criticaram o lucro recorde obtido pelos bancos em 2003. Segundo manifesto da CNBB, o capital financeiro se tornou o fator mais importante para o desenvolvimento do país.

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