Segundo Getúlio Pernambuco, chefe do Departamento Econômico da entidade, as exportações do agronegócio diminuíram no período também por causa da quebra de safra. No início do ano, as estimativas apontavam para uma safra de 130 milhões de toneladas e, agora, com os números revistos, a última estimativa é de 119 milhões de toneladas.
As perdas da soja, ocasionadas por fatores climáticos e pela contaminação das lavouras com a ferrugem asiática, colaboraram para a redução da safra. Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que os produtores amargaram prejuízo de US$ 2 bilhões só neste ano. A colheita de soja, neste ano, chegou a 49 milhões de toneladas, sendo que a previsão era de atingir 60 milhões de toneladas.
Além disso, as carnes bovina e de frango sofreram redução de preços no período. A própria cotação da soja no exterior vem caindo nos últimos sete meses. A tonelada baixou de US$ 330 para US$ 280.
Para Getúlio Pernambuco, essa desaceleração registrada no acumulado dos quatro primeiros meses do ano, no entanto, está longe de significar retração no campo. “Os investimentos no campo deverão continuar. A expectativa para a safra 2004/2005 é de que haja inclusive aumento de área para a produção de soja, algodão e arroz”, disse.
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