O nadador Clodoaldo Francisco da Silva chegou nesta terça-feira ao Hotel Golden City, região central de Atenas, com seu maior orgulho pendurado no pescoço: as seis medalhas de ouro e a outra de prata que ganhou na Paraolimpíada.
Ele terminou a competição como o maior vencedor da história do paraolimpismo brasileiro em uma única competição – e como principal estrela da companhia, sucessor da velocista Ádria dos Santos, que levou uma de ouro (100m) e duas de prata (200m e 400m) em Atenas. Além das medalhas, Clodoaldo bateu cinco recordes mundiais e cinco paraolímpicos.
Aos 25 anos, Clodoaldo ainda tem pela frente mais duas paraolimpíadas, já que a longevidade nesta modalidade é grande. Humilde, procurou dividir com a equipe os méritos da conquista e lembrou que as medalhas devem servir, principalmente, para que os deficientes do Brasil recuperem a sua auto-estima.
“Na vida é preciso ter um sonho. Nós tivemos e conquistamos”, disse Clodoaldo, que teve paralisia cerebral ao nascer e perdeu o movimento das pernas. Os braços e a mente, no entanto, estão 100% e ele deixou os adversários na poeira, arrebatando medalhas e recordes. “Os deficientes precisam saber que, se nós conseguimos, eles também podem conseguir. Basta lutar, sair de casa, viver.”
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