Os fiscais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente autuaram
uma clínica estética, localizada no bairro Bom Retiro, porque foi encontrado
lixo hospitalar armazenado de forma indevida, na rua Hugo Simas, onde funciona o
estabelecimento. Além do armazenamento incorreto, o lixo estava depositado num
tambor de forma imprópria, ameaçando a saúde de outras pessoas e o meio
ambiente. Uma etiqueta de correspondência ajudou a fiscalização a identificar o
estabelecimento gerador do lixo.
Na manhã desta quarta-feira (18) os fiscais estiveram na
clínica para devolver o lixo, que havia sido encontrado no dia anterior. Havia
agulhas, luvas, seringas, pedaços de gaze e algodão usados, ampolas de
medicamentos. Tudo armazenado em sacolas de supermercado.
A multa aplicada pela fiscalização foi de R$ 10 mil. O valor
foi agravado porque além de não ter segregação e disposição adequada, os
resíduos estavam em local impróprio e ofereciam risco a qualquer pessoa que
eventualmente manipulasse aquele lixo. A clínica terá 30 dias para apresentar a
sua defesa.
A administradora da clínica foi surpreendida ao verificar que
os resíduos eram mesmo do estabelecimento, mas admitiu que houve erro. Ela disse
que os funcionários são treinamos semanalmente para que ocorra a separação
correta do lixo, mas que, infelizmente alguém da equipe não tomou os cuidados
necessários. A administradora afirmou que a clínica já contratou a empresa que
fará a coleta do lixo hospitalar.
Além da defesa, a clínica deverá entregar o seu plano de
gerenciamento de resíduos, conforme estabelece as resoluções do Conama (Conselho
Nacional do Meio Ambiente), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e
o Termo de Ajustamento de Conduta feito junto ao Instituto Ambiental do Paraná
(IAP), que responsabiliza os estabelecimentos de saúde pela coleta, tratamento e
destinação do lixo hospitalar.
As sacolas onde estava o lixo da clínica foram colocadas dentro
de um tambor, utilizado por uma empresa que funciona na mesma rua. Os coletores,
que passaram na terça-feira, não levaram os resíduos do tambor porque eles são
orientados a não recolherem o lixo hospitalar misturado ao lixo comum, recolhido
pela Prefeitura de Curitiba.