As grandes propriedades rurais dos 36 municípios encravados na Amazônia Legal, detentores da antipática láurea de campeões do desmatamento ilegal, serão recadastrados pelo governo até o mês de julho, ao custo de R$ 50 milhões.

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O dinheiro terá sido bem empregado, se ao final do trabalho, as autoridades ligadas à preservação do meio ambiente puderem dispor de um dispositivo convincente para pressionar as instituições oficiais de crédito a tirar de seus planos esses clientes indesejáveis.

Com o mapeamento meticuloso das propriedades, será possível ao governo demonstrar quem são os maiores responsáveis pelo desmatamento da Amazônia. A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, está certa que o recadastramento livrará as pequenas propriedades da infundada acusação de que são elas as que mais contribuem para a derrubada da floresta.

Os proprietários têm prazo até 2 de abril próximo para entregar os documentos exigidos pelo levantamento, e quem deixar de fazê-lo não poderá obter crédito oficial e tampouco vender o imóvel. Em casos extremos, haverá o cancelamento do Certificado de Cadastramento de Imóveis Rurais, documento similar a uma cédula de identidade das propriedades.

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Para Guilherme Cassel, ministro do Desenvolvimento Agrário, o recadastramento não é o bastante para coibir o desmatamento na Amazônia Legal, mas será um instrumento eficaz à disposição do governo no combate aos predadores do patrimônio natural.

Marina negou os indícios de desentendimento com o colega Reinhold Stephanes, da Agricultura, quanto aos índices do desmatamento na região amazônica. Afirmou que o governo está coeso e ratificou que o recadastramento foi uma decisão unânime dos ministérios atuantes no setor. A conferir.

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