Os usuários da Varig no exterior com dificuldade de embarcar em vôos de outras empresas para voltar ao Brasil estão sendo orientados pelos Procons a guardar notas de alimentação e hospedagem para cobrar da Varig um ressarcimento. Embora a situação financeira da empresa se agrave a cada dia, esta é uma das orientações passadas aos Procons estaduais pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

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Os transtornos de cancelamentos de vôos prosseguiram ontem. Segundo a Infraero, 68,3% dos vôos programados deixaram de ser feitos pela Varig. O balanço da movimentação das decolagens até o final da tarde mostrou que a maior taxa de cancelamentos, 72 2%, foi registrada entre as viagens internacionais. Dos 36 previstos, 26 não ocorreram. Entre os vôos nacionais, de 255 programados, 173 não saíram do chão

O esclarecimento das dúvidas mais freqüentes dos passageiros de vôos cancelados no exterior é a prioridade dos órgãos de defesa do consumidor. Há questões básicas, como orientar as pessoas com bilhetes da Varig em outros países a procurar os balcões da empresa nos aeroportos ou, na falta de funcionários da companhia ir às embaixadas ou consulados brasileiros para serem encaminhados às companhias que poderão fazer os endossos

A Anac esclareceu que naqueles países em que a Varig é a única operadora para o Brasil, o governo federal está buscando a designação de outras empresas para atender os brasileiros, o que está a cargo do Itamaraty. A orientação para quem tem passagens nacionais de vôos cancelados é que estes também serão endossados mesmo que tenham sido adquiridos em promoções ou por meio de troca de milhagem

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As passagens já adquiridas, mas que ainda estão em formato eletrônico (e-tickets), devem ser impressas para servir de comprovante aos passageiros