Maior clássico do futebol paranaense, o embate entre Coritiba e Atlético tem sempre as suas particularidades. Mexe com toda a cidade e move multidões. O Atletiba de ontem não foi diferente. Estádio lotado, um grande duelo em campo e um show a parte das duas torcidas no Couto Pereira marcaram mais um capítulo do Atletiba.
Na chegada do elenco alviverde ao estádio, a torcida coxa-branca voltou a promover a Mauá de Fogo e, ao som de gritos de incentivo, sinalizadores e fogos de artifício, o time, carente de bons resultados no Couto, entrou ainda mais motivado.
Com alguns incidentes registrados pela cidade, a chegada da torcida do Atlético aconteceu de maneira tranquila, mas houve um tumulto maior no acesso dos torcedores ao estádio. Isto porque filas se formaram na entrada do setor visitante e houve um princípio de confusão, que foi rapidamente controlado.
Apesar de ter sido alinhado, na reunião dos organismos de segurança, na semana passada, que haveria uma fiscalização maior para coibir a venda de bebidas alcoólicas fora do estádio, a comercialização e o consumo aconteceu normalmente no entorno do Couto.
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“Falante”
Vinte minutos antes de o jogo começar, o Couto Pereira voltou a “falar”. O Coritiba repetiu a ação feita semanas atrás (antes da partida contra a Chapecoense), quando o recado foi para os jogadores, e o estádio, em uma gravação em primeira pessoa, falou desta vez aos torcedores. De forma impressionante, a torcida coxa-branca ouviu atentamente a gravação, que pediu para que todos os presentes jogassem junto com o Verdão.
Fala, Couto!
“Em alguns minutos nosso time entra para disputar mais um Atletiba. Não preciso dizer quanto esse jogo é importante. Mas hoje é diferente. Teremos que vencê-los e sem vocês não consigo ajudar muito. O que posso dizer que, quando estamos juntos, com o mesmo sentimento, a força que mandamos aos nossos atletas não tem limites. Temos que jogar junto com nossos jogadores em cada dividida, em cada gol”, disse um trecho da gravação.
Aos 30 do segundo tempo, com o 2×0 já no placar, tímidos gritos de “olé” ecoaram no Couto. Os atleticanos, apreensivos, ainda acreditavam. Mas com o apito final de Marcelo de Lima Henrique, coube mesmo à torcida alviverde celebrar com um show de luzes.
Arbitragem agitada
Protagonista de arbitragens polêmicas, o árbitro carioca (mas que apita pela Federação Pernambucana) Marcelo de Lima Henrique, teve uma arbitragem tumultuada no clássico de ontem vencido pelo Coritiba. No primeiro tempo do maior embate do futebol paranaense, ele teve sua arbitragem contestada pelos jogadores alviverdes em um lance de Kadu em Henrique Almeida, onde o zagueiro deixou o braço e atingiu o centroavante coxa-branca. Do lado atleticano, a reclamação foi no chute de Nikão que bateu no braço de Negueba, dentro da área e em um impedimento que Walter ficaria frente a frente com o goleiro Wilson.
O árbitro teve mais trabalho no segundo tempo. Com o Atlético jogando mais avançado, o Coritiba abusou das faltas e Marcelo de Lima Henrique deu nada menos do que sete cartões amarelos somente para o time alviverde, sendo seis deles na etapa final. No todo, foram dez amarelos e um vermelho, para Lúcio Flávio.
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