Classe C é o mercado com maior potencial de consumo

A classe C é hoje o mercado com maior potencial de crescimento para o consumo, o que abre oportunidades de negócios tanto para varejistas quanto para empresas que fornecem crédito. Com aspirações de consumo cada vez mais parecidas com as das classes A e B, a classe C é também a que tem mais intenção de financiar suas compras. É o que mostra o estudo sobre renda e hábitos de consumo ‘Observador Brasil’.

Fruto de uma parceria entre a financeira francesa Cetelem e o instituto de pesquisas Ipsos-Opinion, o levantamento ouviu 1,2 mil pessoas em todo o País. ‘O crédito é um meio para que as pessoas da classe C cheguem mais perto do padrão de vida das classes mais ricas’, diz o diretor de Marketing e Desenvolvimento da Cetelem Brasil, Franck Vignard Rosez. O estudo servirá para antecipar tendências de consumo e ser uma ferramenta estratégica para os varejistas

De acordo com o estudo, a classe C representa atualmente 34% da população brasileira e tem renda mensal média de R$ 1.107,08. Descontados os gastos essenciais (alimentação, moradia, medicamentos, entre outros), sobra uma fatia disponível para consumo de R$ 122,34. ‘Um dos mitos que esse estudo derruba é que a renda não gasta das famílias mais pobres é muito pequena. Na prática, há espaço para gastos não-essenciais’, afirma Rosez

No topo da lista de objetos de desejo da classe C aparece o computador (85% das intenções), seguido de móveis (83%) e eletroeletrônicos (79%). A classe C também mostra disposição de adquirir mais bens nos próximos meses (45% dos entrevistados).

Segundo Rosez, a grande penetração dos eletrodomésticos mais simples (fogões, rádios) na classe C desloca o desejo do consumo para produtos mais caros. ‘O grande exemplo atual são as TVs de tela plana, de plasma ou cristal líquido, cobiçadas pelas classes A, B e C’, explica.

Já entre as classes D/E (51% da população), não há espaço para o consumo de supérfluos. Na média do estudo, a renda disponível dessas famílias é negativa. Ainda assim, há disposição desse segmento para tomar crédito: são gastos mensalmente R$ 84,44 com parcelamentos, o que compromete 15% do orçamento das famílias.

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