Claspar adverte produtores sobre entrega de soja com impurezas

A Claspar ? Empresa Paranaense de Classificação de Produtos ? alerta os produtores de soja e representantes de cooperativas para que não tentem burlar a fiscalização, enviando ao Porto de Paranaguá soja com graus de impureza e de umidade superiores ao permitido pelo padrão. No último final de semana, dois motoristas procedentes de Nova Prata do Iguaçu foram presos quando tentavam descarregar 27 toneladas de grãos no terminal do Porto.
Os motoristas foram advertidos pelos funcionários da Claspar, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, e obrigados a retornar ao município de onde vieram. Inconformados, eles voltaram ao pátio com o objetivo de descarregar, tentando burlar a fiscalização, ocasião em que foram detidos.
Pela legislação, o grau de impurezas nas saca de soja não deve ser superior a 1% e a umidade não deve ultrapassar 14%. No caso desta soja de Nova Prata do Iguaçu o grau de impurezas registrado era superior a 30% – restos da plantação, areia e outros não identificados. Os motoristas responderão a inquérito policial.
A Claspar atua hoje no Porto de Paranaguá com 30 classificadores de produtos e 70 auxiliares. De acordo com os responsáveis pela empresa, em pouco mais de 20 dias cerca de 950 carretas tiveram que voltar para os locais de origem, no interior do Paraná e do Mato Grosso do Sul, devido a irregularidades constatadas nas cargas.
O diretor-presidente da empresa, Eduardo Baggio, faz uma advertência para que os produtores e empresários não mandem carretas com soja impura e que respeitem o padrão de qualidade de exportação que o Governo do Paraná quer manter. O problema, segundo ele, não se limita apenas aos caminhões.

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