Os senhores da guerra somalis concordaram em desarmar e se juntar a um novo Exército nacional, afirmou hoje um funcionário do governo. Mas a violência na capital no mesmo dia deste anúncio trouxe o desafio de trazer a ordem de volta e estabelecer uma autoridade real neste país conflituoso e fortemente armado.
O anúncio se seguiu à reunião entre o presidente Abdullahi Yusuf e os integrantes dos clãs, que continuou mesmo com confrontos do lado de fora, os quais, de acordo com um combatente, foram provocados por uma disputa sobre onde estacionar um carro blindado. Pelo menos seis pessoas morreram e dez ficaram feridas.
A derrota do movimento islâmico fundamentalista, que controlou a maior parte da Somália nos últimos seis meses, por parte das tropas do governo somali com o apoio de soldados etíopes, permitiu que o enfraquecido governo de transição somali, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), entrasse na capital, Mogadiscio, pela primeira vez desde que foi estabelecido, em 2004.
Além das divisões dos clãs, o ressentimento em relação à intervenção da Etiópia e os membros remanescentes do movimento islâmico também devem prejudicar o governo ainda por algum tempo. "Os senhores da guerra e o governo concordaram em colaborar pelo restabelecimento da paz na Somália", disse o porta-voz do governo, Abdirahman Dinari.
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