Nove clandestinos aguardam em Paranaguá, no Paraná, a finalização de processo de repatriação. Eles estão sob a responsabilidade da Agência Marítima, que representa o armador do navio onde foram encontrados. Todas as despesas de manutenção – hospedagem, alimentação, vestuário, assistência médica – dessas pessoas, são de responsabilidade da agência.
De acordo com o delegado Fabiano Bordignon, a Polícia Federal vem agindo com rigor na repressão à migração ilegal de clandestinos, a maioria procedentes de países africanos. O delegado disse que após serem encontrados, desembarcados e identificados, o processo administrativo de repatriação prossegue e eles são devolvidos ao país de origem.
Segundo Bordignon os últimos clandestinos nessa situação foram flagrados no dia último dia 3 de julho, em um dos navios que chegavam ao Porto de Paranaguá. Quatro africanos estavam no compartimento do leme, na parte inferior da popa da embarcação.
Uma quinta pessoa, que seguia com o grupo, na tentativa de travessia do Atlântico foi resgatada morta e, segundo os clandestinos, uma sexta pessoa morreu durante a travessia do oceano e foi lançada ao mar. O delegado disse que foi instaurado inquérito policial para apurar em que circunstâncias ocorreram essas mortes.
Em 2004 a Delegacia de Paranaguá providenciou a repatriação de 24 clandestinos; em 2005 foram 16 e neste ano foram 14 até agora. "A situação ocorre em outros grandes portos nacionais, sempre com atuação da Polícia Federal", lembrou o delegado.