Milhares de civis bloqueados por três semanas na zona de guerra no sul do Líbano aproveitaram o anúncio da trégua israelense de 48 horas para fugir em direção ao norte. As entidades empenhadas em distribuir ajuda humanitária se apressaram em distribuir alimentos, remédios e cobertores para residentes e refugiados em vilas do sul, onde os suprimentos estavam acabando.
"Estamos tentando alcançar o maior número de lugares possível e estamos contando com o fato de que agora está mais seguro para nós", disse Mona Hammam, o principal coordenador da ONU para distribuição da ajuda horas antes de Israel reiniciar os bombardeios.
A pausa permitiu a chegada da primeira ajuda para milhares de pessoas ainda abrigadas em residências escolas e hospitais de dezenas de vilarejos na região montanhosa do sul. A grande maioria dos moradores partiu depois que os bombardeios começaram. Ficaram os idosos, doentes, as famílias sem recursos para arcar com despesas de ônibus ou táxi e aqueles com medo de se aventurar pelas estradas sob bombardeio.
Pela manhã, as estradas continuavam quase desertas porque a população ainda esperava a confirmação da trégua. No início da tarde, porém, as vias de ligação entre os vilarejos e a cidade de Tiro, no litoral, começaram a ficar repletas de carros e utilitários levando refugiados. Como as estradas estavam muito danificadas, os motoristas pegavam vias laterais, de terra. Perto de Tiro, havia congestionamentos e longas filas em postos de combustível.
