Ciro tenta mostrar confiança e diz que vai para o segundo turno

Mesmo com as sucessivas quedas nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PPS, Ciro Gomes, continua tentando demonstrar confiança na recuperação e diz que vai para o segundo turno. “Vamos dar um susto nesses institutos de pesquisas e em seus asseclas”, afirmou Ciro no encerramento da série de entrevistas “Presidenciáveis no Estadão”.

Nas últimas semanas, o candidato do PPS fez duros ataques aos institutos de pesquisas de opinião pública. Segundo o candidato e seus principais assessores, levantamentos internos feitos para orientar a estratégia de campanha mostram Ciro, Serra e Garotinho empatados em segundo lugar.

Ciro repetiu que, mesmo com as críticas da equipe de marketing do candidato do PSDB, José Serra, acredita ter ficado claro para os eleitores que não faz promessas que não possam ser cumpridas. Ressaltou, também, que nenhum adversário questionou sua honestidade e competência. “Não vou vestir máscara para ser presidente da República”, repetiu.

Ele disse que, ao contrário de fazer um programa de governo publicitário escolhendo as principais preocupações da população com base em pesquisas e tornando quase todos iguais, abriu as diretrizes básicas a críticas. E, por isso, só lançou o texto final hoje.

Ciro classificou as promessas de criação de empregos, que seus adversários já fizeram, de “promessas de Papai Noel” e lamentou o fato de o debate ter se transformado numa “maricotice”.

Ele confessou nunca ter comido uma buchada de bode, prático típico em vários Estados do nordeste do País. “Eu tenho horror àquilo e, pode acreditar, o Fernando Henrique só comeu porque aquilo é um prato francês chamado tripes à la mode du Caen”, disse. “Aquilo (a buchada de bode) é enojante, nem por voto.”

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Ciro também tentou desfazer a imagem que ele chama de “versão de Nizan Guanaes” – o publicitário que divide com Nelson Biondi a coordenação de marketing da campanha de Serra. Ele explicou novamente o episódio ocorrido durante entrevista a uma emissora de rádio de Salvador, na Bahia, no início da campanha, na qual chamou um ouvinte de burro.

O candidato do PPS disse que a equipe de televisão que o acompanhou no estúdio da emissora foi contratada pela equipe de Serra. Em seguida, o candidato disse que poderia “atenuar” o que disse, mas que não se absolve. Ciro acusou novamente Serra de destruir as candidaturas que, em algum momento da campanha, mostraram ameaçar o seu plano presidencial.

Entre as candidaturas alternativas que o tucano teria destruído, Ciro incluiu a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PFL) e a do governador de Minas Gerais, Itamar Franco. “Compraram o PMDB, destruíram a alternativa”, disse. “Na hora em que fui eu que virei uma ameaça, acham que me destruíram e estou aqui de pé, lutando.” O candidato prometeu, se eleito, cobrar o andamento das investigações sobre os processos de privatização.

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