Recife (AE) – "A tendência é de restauração da normalidade na Amazônia, que enfrenta a mais crítica estiagem dos últimos 50 anos, mas isso só deve acontecer em 60 dias". A avaliação foi feita hoje (24) pelo ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, no Recife, onde participou de seminário nacional de administração de obras públicas.
Ele explicou que a crise começou nas nascentes – dos médios cursos para baixo está normal. "Agora começa o contrário, enchendo nas nascentes e secando para baixo". Ele previu que na região fronteiriça do Amazonas e Pará a situação ainda vai piorar. São estas "distâncias abissais" e o nível muito baixo das águas que impedem a normalização da situação em menos tempo, segundo ele.
O ministro elogiou a operação montada na área, com 100% das pessoas atingidas sendo atendidas com alimento e medicamentos. Frisou que foi montada uma malha de transporte com o Exército e Marinha visando à restauração dos fluxos e garantiu que o governo manterá intervenção na região durante este período estimado de 60 dias. Ele não acredita em impactos graves na pesca, apesar do choque provocado pelas fotos com toneladas de peixes mortos no rio Amazonas. "O recurso pesqueiro natural tem reposição rápida", afirmou.
