Os gastos do governo federal com publicidade foram alvo de duras críticas do candidato da Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB) à Presidência, Ciro Gomes. Depois de se comprometer a pôr em prática, se eleito, o programa de erradicação da fome proposto pela Ação da Cidadania, Ciro disse que o investimento previsto, de R$ 856 milhões, equivale à metade ?do que o atual governo gastou este ano de janeiro a julho com propaganda para subornar consciências pelos rádios, jornais, televisões e revistas do País?.

Em discurso na sede da organização não-governamental fundada pelo sociólogo Herbert de Souza, sem citar diretamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ciro afirmou: ?Hoje nem segurança jurídica nós temos no nosso País.? Ontem (05), a Frente Trabalhista levantou suspeita sobre a imparcialidade do TSE na condução do processo eleitoral.

Hoje, o candidato trabalhista dizia que, se vencer a eleição, adotará a sugestão de realizar um cadastro geral de todos os pobres brasileiros, para que recebam um cartão magnético através do qual terão acesso aos programas sociais.

E emendou: ?Esse cadastro não é possível nem deve ser feito pelos governos para evitar o Big Brother, o controle pela política mais suja, mais autoritária que, infelizmente, está de volta de forma intensiva, inclusive envolvendo tribunais a quem a sociedade dá a confiança de guardar as leis o equilíbrio.? A sociedade civil, por meio de associações de moradores, igrejas e ONGs, seria a responsável pelo cadastramento de 50 milhões de pessoas que, segundo dados da Ação da Cidadania, vivem abaixo da linha de pobreza.

A proposta encampada por Ciro prevê a ampliação da lavoura de feijão para que cada brasileiro pobre tenha direito a uma cota de 15 quilos anuais do produto.  Ciro comprometeu-se em adotar o projeto, que prevê erradicação da fome em um ano.

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