Autoridades iraquianas proibiram nesta sexta-feira (18) a circulação de veículos em quase toda a capital iraquiana para evitar a explosão de carros-bomba durante um evento religioso xiita previsto para o fim de semana. A partir de hoje, todos os veículos particulares estarão proibidos de circular por 16 bairros da cidade de Bagdá durante dois dias.
Durante o fim de semana, os muçulmanos xiitas marcarão o aniversário da morte do imã Moussa Kadhim, um santo xiita que viveu no século VIII. As celebrações, que deverão atrair a Bagdá dezenas de milhares de xiitas de diversas partes do Iraque, atingirá seu ápice no domingo.
No ano passado, cerca de mil pessoas morreram quando um boato de que homens-bomba estariam prestes a atacar provocou uma correria em uma ponte sobre o Rio Tigre.
Num episódio de violência ocorrido hoje, sete peregrinos xiitas foram assassinados quando caminhavam por um bairro sunita para chegar a uma concentração de fiéis muçulmanos reunidos para o evento religioso, informou a polícia local. Também em um bairro sunita de Bagdá, soldados americanos apreenderam centenas de morteiros e foguetes. Dois suspeitos foram detidos, informou o comando militar dos Estados Unidos em Bagdá.
Enquanto isso, a Jordânia tornou-se o primeiro país árabe a credenciar um embaixador pleno em Bagdá, informaram diplomatas. O desdobramento pode representar um importante passo na obtenção de apoio político por parte do governo iraquiano.
Ainda hoje, o serviço católico de notícias Asianews informou que um padre foi seqüestrado depois de celebrar uma missa de Festa da Assunção na capital iraquiana.
Bispos de todas as igrejas cristãs de Bagdá enviaram uma carta ao governo iraquiano pedindo que seja garantida a libertação segura do padre Hanna Saad Sirop, de 34 anos.
O carro usado no seqüestro foi encontrado posteriormente, mas não houve contato com Sirop nem com seus seqüestradores, informou a Asianews.
