Cinco titulares do Conselho de Ética entregaram, há pouco, pessoalmente, ao presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), carta em que se desligam do colegiado. Também foi entregue por eles ofício de desligamento do deputado Cezar Schirmer, suplente do conselho.

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Na carta em que se desligam, os deputados Orlando Fantazzini (Psol-SP), Chico Alencar (Psol-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG) e Carlos Sampaio (PSDB-SP) – Benedito de Lira (PP-AL) também se desligou, mas não assinou a carta – pedem que Rebelo coloque em votação a proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto no Parlamento e um projeto que está em fase de elaboração, ampliando as prerrogativas do Conselho de Ética para possibilitar que o colegiado quebre sigilos de deputados investigados e tenha poder para convocar depoimentos. "A reforma do regimento do Conselho e o voto aberto no plenário acabam com a pizza, o acórdão e qualquer forma espúria para o julgamento dos deputados", afirmou Fantazzini.

Os deputados que estiveram com Rebelo relataram que ele disse que vai colocar na pauta, no próximo mês, a proposta que acaba com o voto secreto. Segundo os deputados, o presidente da Câmara disse que já entregou essa proposta aos líderes partidários e que agora vai incluí-la na pauta.

Os deputados afirmaram, também, que vão entregar ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, todos os relatórios elaborados pelo Conselho de Ética e rejeitados pelo plenário da Câmara para subsidiar as investigações do Ministério Público. "Não podemos nos omitir diante de evidências de crime, de corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa", diz o documento.

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Os deputados reforçaram que o Conselho é um órgão importante, mas que é necessária a mudança de seu regimento . "Nossa saída (do Conselho) é propositiva. Nosso papel no Conselho nesta legislatura está esgotado", afirmou Chico Alencar