Rio (AE) – Santos, Ponte Preta, Internacional, Cruzeiro e Figueirense cumpriram no final da tarde desta quarta-feira o ritual de impetrar recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na tentativa de cancelar a decisão do presidente do órgão, Luiz Zveiter, que anulou as 11 partidas do Campeonato Brasileiro apitadas por Edílson Pereira de Carvalho. Por enquanto, o discurso é otimista, mesmo tendo o presidente do STJD já dado manifestações de que não acatará o pedido dos clubes.

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O representante jurídico do Santos, o advogado Mário Mello, contou que os cinco revoltosos não querem briga com o tribunal desportivo, apenas buscam assegurar os seus direitos e se mostrou crente em uma decisão favorável.

"Estamos fazendo algo com seriedade. A responsabilidade agora passou a ser do tribunal", destacou Mário Mello. "Não temos nada pessoal contra o Zveiter ou queremos entrar em confronto ou fazer represálias."

O pedido dos clubes foi encaminhado nesta quarta-feira mesmo a Zveiter, que deverá se manifestar sobre o caso nesta quinta. O presidente do STJD não quis comentar o assunto, mas na segunda já tinha deixado claro que sua decisão de anular as partidas não será revista.

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No recurso voluntário com pedido de efeito suspensivo para a decisão que anulou as partidas, os cinco clubes contestaram a ação de Zveiter. Em suas argumentações, eles apontaram supostas irregularidades na conduta do magistrado.

Destacaram que Zveiter deveria ter se declarado "impedido" para decidir sobre o assunto por ter dado sua opinião em vários veículos de comunicação. Também alegaram que o presidente do STJD descumpriu uma norma do regimento ao tomar uma decisão sem que antes o processo fosse julgado por uma das quatro comissões disciplinares e pelo pleno do tribunal.

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Os cinco clubes também alegaram que Zveiter impôs a anulação das partidas sem falar com as "partes interessadas". Por fim, o documento pede um efeito suspensivo para as anulações e pede que todas as partidas voltem a ser computadas na tabela do Brasileiro.