Foto por: Gianluigi Guercia
Diante da falta de critérios objetivos para identificar os melhores jogadores de futebol, um grupo de pesquisadores criou um modelo para quantificar os rendimentos em campo dos atletas.
“Ao contrário do basquete e do beisebol, no futebol há relativamente poucos dados mensuráveis”, lamenta o responsável pela pesquisa, Luís Amaral, professor de química e engenheiro biológico da Universidade de NorthWestern, no estado de Illinois.
“Contar só o número de gols dá um resultado limitado, porque alguns fazem muitos e outros raramente mandam a bola para o fundo da rede”, afirma o cientista de origem portuguesa. “Assim, a maioria dos jogadores não daria subsídios para medir o rendimento depois da partida”, explica.
Para compensar essa peculiaridade do futebol, Josh Waitzman criou um programa de computador que reúne as estatísticas referentes aos jogos da Eurocopa de 2008.
Em seguida, Jordi Duch, professor de matemática aplicada e informática da Universidade Rovira I Virgili, na Catalunha (Espanha), aplicou sobre esses dados um método de análise que partiu de pesquisas em redes sociais.
“Definimos uma rede em que os membros são jogadores de futebol com vínculos entre si porque têm como grande objetivo fazer um gol”, explica a pesquisa, que saiu na revista americana “PLos One”.
Os cientistas estabeleceram mapas com trajetórias da bola entre os jogadores e integraram os chutes a gol antes de analisar o conjunto.
Os resultados mostram que é melhor o jogador que mais toca na bola que finalmente chegará ao gol.
“Então, quanto mais chutes a gol fizer uma equipe melhor ela é”, concluem os pesquisadores.