Cidades lucram com a presença da seleção brasileira

Para injetar mais dinheiro no comércio, as cidades que recebem a seleção brasileira durante a Copa do Mundo entraram na onda do time pentacampeão. É o caso na cidade alemã de Königstein, 20 quilômetros a oeste de Frankfurt, para onde o time de Parreira partirá no dia 04 de junho. O mesmo acontece em Weggis, na Suíça onde o Brasil está treinando

Na cidade de Königstein, com 18 mil habitantes, o setor da gastronomia usou a criatividade. Distribuído em diversas lojas, o bombom de caipirinha, receita do confeiteiro Paul Kiefer, é sucesso desde o início de abril. O doce é um cubo de chocolate, recheado com creme de limão, açúcar e cachaça brasileira tipo exportação (cada garrafa custa em torno de 11 euros, ou R$ 29). A cobertura, de chocolate branco, tem um adesivo comestível com um logotipo desenvolvido especialmente para a os craques brasileiros, com os dizeres em português "Königstein saúda o Brasil"

Em Weggis, uma receita tipicamente brasileira ficou com o tempero mexicano. A inspiração de Jörg Hofmann, que herdou do pai o açougue mais antigo da cidade há dois anos, foi a imagem que muitos europeus têm do Brasil longínquo ao confundirem a salsa com o samba ou o espanhol com o português. Os dois primeiros componentes têm um ingrediente mexicano: a lingüiça e o hambúrguer com pimenta jalapeño. O terceiro componente, por outro lado, é brasileiro: trata-se da bisteca. O toque especial fica por conta do tempero: a carne é marinada numa mistura de pimenta cayenne

A curiosidade sobre o país dos pentacampeões também esta ajudando o padeiro e dono de supermercado Andreas Tschumi, cujo estabelecimento fica muito próximo ao campo de futebol onde a seleção treina. Ele conseguiu comprar 8 mil latas de refrigerante de guaraná brasileiro e expôs o produto na entrada da loja. "As pessoas estão curiosas, vêm olhar, saber do que se trata. Acho que é uma bebida diferente, voltada principalmente para os jovens", revela Tschumi

Mas não são apenas os cardápios que estão mudando nas duas cidades. A vendedora Manschi Birkmann afirma com orgulho que foi a primeira a comercializar produtos com as cores do Brasil em Weggis. Em abril, quando começou a vender de chaveiros a camisetas, de bandeiras a chinelos, ela constatou um aumento de cerca de 30% nas vendas. Com a vinda de torcedores e curiosos – que devem chegar a 10 mil por dia, segundo informações do departamento de turismo da cidade -, Birkmann espera um aumento de até 50%

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo