As chuvas que têm causado estragos na Região Sudeste só devemdiminuir efetivamente a partir de segunda-feira (15), segundoinformações do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(Inpe) Marcelo Seluti. Ele disse que a região ainda pode enfrentarpancadas de chuva hoje, principalmente na região serrana do Rio deJaneiro.

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Na quinta (11) e na sexta-feira, a possibilidade dechuva diminui mas no sábado (13) a região vai enfrentar nova frentefria. No domingo, essa frente fria se afasta um pouco para o EspíritoSanto, então a chance de chuva se concentra mais na região norte doestado do Rio. A expectativa é de uma melhora um pouco mais estável apartir da segunda feira da próxima semana, disse em entrevista Rádio Nacional.

Opesquisador afirmou que a zona de convergência do Atlântico Sul fenômeno típico de verão e que causa chuvas normalmente durante cincodias, teve uma duração mais longa este ano e está concentradaexatamente sobre o Rio de Janeiro. No entanto, a previsão indica que ofenômeno está enfraquecendo. O centro dessa região é como se fosse umabanda de nebulosidade muito extensa e essa faixa se localizoujustamente no Rio de Janeiro, explicou.

Segundo Marcelo Seluti,nos nove primeiros dias do ano choveu, no estado do Rio, quase atotalidade do que normalmente chove durante todo o mês de janeiro.Realmente a situação foi grave, sobretudo porque janeiro é o mês maischuvoso do ano. Isso explica um pouco todos os desastres que têmacontecido naquela região.

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O pesquisador alertou para oaquecimento global, que tem contribuído para mudanças no clima em todoo mundo. Segundo ele, se a temperatura do planeta fosse mais baixa, aschuvas no Rio de Janeiro teriam menor intensidade. Em um cenário deaquecimento global, os acontecimentos extremos vêm mais extremos ainda.A temperatura se comporta, no fundo, como se fosse um caldeirão, umamáquina térmica movimentada com energia solar. E estamos aumentando aenergia, estamos aumentando o fogo da fornalha, explicou.