O engenheiro civil Milton César Oliveira Silva, que acompanha o caso do acidente nas escavações do Metrô como perito do Ministério Público Estadual (MPE), disse que a preocupação na sexta-feira era com a chuva, que começou a cair à noite. ?O terreno está instável. Se chover mais, vai ser problemático. Estão colocando lona no terreno e caminhões estão trazendo areia para que, em caso de chuva, a água vinda da rua lateral escorra para o lado e não vá para o buraco.? Segundo Silva, a chuva tornaria ?bastante possível? a ocorrência de novos deslizamentos abrindo crateras inclusive nas casas vizinhas.
Além disso, foram feitas 400 viagens de caminhão para injetar concreto e criar uma barreira em torno da cratera, reforçando os taludes. À noite, caminhões vazios eram usados para retirar terra e escombros do local.
O engenheiro Silva foi enviado ao local a pedido da Promotoria da Cidadania, que instaurou inquérito civil para apurar eventual responsabilidade de agente público no acidente. O inquérito investigará tanto o Metrô, empresa pública, quanto as construtoras que, por terem firmado contrato com o poder público também respondem por improbidade administrativa.
O tempo neste sábado em São Paulo parece que não vai ajudar muito no trabalho de manutenção da área. A previsão, segundo meteorologistas da empresa Climatempo, é de que o dia comece com muitas nuvens e chuva fraca, em virtude de uma frente fria que se aproximava na tarde desta sexta-feira da capital. A chuva deve aumentar durante a tarde, com a possibilidade, até mesmo, de temporais. A temperatura mínima prevista é de 20 graus, e a máxima é de 28 graus.
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