Florianópolis (AE) – Uma intensa massa de ar frio trouxe na noite de terça-feira chuvas fortes, ventos que podem ter ultrapassado 100 km/h, a maior ressaca registrada nos quatro últimos anos e destruição em todo o litoral catarinense, sem notificação de feridos. De acordo com o Laboratório de Hidrologia Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina, foram registradas ondas de mais de sete metros a 30 quilômetros da costa catarinense – um recorde desde o início do monitoramento, há quatro anos.
Na Grande Florianópolis, onde continuou chovendo e ventando forte ontem, cinco cidades ficaram sem energia elétrica, várias casas foram destelhadas, árvores caíram e houve deslizamentos de terra. Escolas da rede pública suspenderam as aulas noturnas. Segundo a Defesa Civil, ninguém se feriu.
Cerca de 80 técnicos da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) trabalharam durante toda a noite e madrugada de ontem para restabelecer a energia elétrica, que foi cortada em mais de 35% das residências da capital devido, principalmente, à queda de árvores sobre a rede elétrica.
Avião
No aeroporto Hercílio Luz, o vento foi de 70 km/h. Vento tão forte que arrastou um Fokker 100 da Tam. A aeronave estava vazia e, embora estivesse com as rodas travadas, foi arrastada pela pista. Além disso, o vento arrancou parte do telhado do aeroporto, o que interrompeu suas operações.
O aeroporto voltou a operar na manhã de ontem, por volta de 8h30, informou a Infraero. Os pousos e decolagens no aeroporto ficaram suspensos durante toda a tarde de terça-feira por causa do temporal.
Outras localidades
Em Balneário Camboriú, onde foram registradas ondas de cerca de dois metros perto da praia, o mar avançou em alguns trechos da Avenida Atlântica. Em Itajaí, no Bairro Espinheiros, uma casa desabou e a equipe de socorro teve trabalho para evitar que o mesmo ocorresse com a casa ao lado. A situação também foi crítica em Bombinhas, onde seis embarcações artesanais bateram na praia ou vieram a pique onde estavam ancoradas.