A queda de uma barreira na BR-116 (Rio-Bahia), no trecho entre Teresópolis e Além Paraíba, provocou nesta sexta-feira (1.º/12) o soterramento de uma casa e a morte de três pessoas que dormiam e não conseguiram escapar. As vítimas foram identificadas como Manuel Pedro de Oliveira, de 58 anos, sua mulher Teresa Maria Dias da Rosa, de 58, e o filho mais novo dela Fabiano Dias da Rosa, de 22. Em três dias de intensas chuvas, cinco pessoas já morreram no Estado do Rio.

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Os três dormiam na casa, que ficava abaixo da margem direita da rodovia no sentido Além Paraíba, na altura do quilômetro 83,5. Quando o barranco cedeu, a terra empurrou a casa para dentro do riacho que passava entre a porta de entrada e a rua. O corpo de Fabiano, servente, foi logo encontrado pelo Corpo de Bombeiros. Já os corpos casal não tinham sido localizados até as 18h30. Equipes da Defesa Civil continuavam as buscas com o auxílio de uma escavadeira. Segundo os bombeiros, não há chance de eles terem sobrevivido.

Nova Iguaçu

Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde duas pessoas morreram na quarta-feira, a população contou nesta sexta-feira com a ajuda do Exército. Cerca de 150 homens da Companhia do 57º Batalhão de Infantaria Motorizado foram enviados pelo Comando Militar do Leste (CML) a Nova Iguaçu, atendendo ao pedido do prefeito Lindberg Farias (PT), que decretou estado de emergência no município. Os militares distribuíram alimentos, fizeram o cadastramento de desabrigados e organizaram o recolhimento e separação do material de doações. O CML informou ainda que dois pelotões de Engenharia com 60 homens trabalharão com máquinas na desobstrução de vias e drenagem de rios e canais. O 25º Batalhão Logístico montará um contêiner com profissionais de saúde para o atendimento público. A Defesa Civil do Estado do Rio manteve o estado de alerta e já registrou quase 300 desabrigados em seis municípios.

A chuva também castigou os capixabas. O volume pluviométrico registrado até o fim da manhã desta sexta-feira na Grande Vitória foi o maior dos últimos 30 anos: 97 milímetros por metro quadrado. Houve alagamento das principais ruas e avenidas – em alguns casos, a água chegou a um metro. Trajetos realizados normalmente em 15 minutos demoravam cerca de 4 horas. A água invadiu casas e deixou desabrigados, mas o número oficial não foi divulgado. A Universidade Federal do Espírito Santo suspendeu aulas por falta de alunos.

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