Já dura mais de uma hora o depoimento de Christian Cravinhos, réu confesso do assassinato do casal Manfred e Marísia Von Richthofen, em 2002, na zona sul de São Paulo. Desta vez, ele negou ter batido no casal com uma pá para matá-los.
Em seu primeiro depoimento, Christian disse que havia batido em Marísia, mas mudou a versão e agora afirma que não tocou em ninguém. Mesmo pressionado pelo promotor Nadir de Campos Júnior, ele negou e jurou pelos pais. A confissão foi feita naquela ocasião para proteger Daniel. Dessa forma, ele esperava que a pena do irmão fosse abrandada.
Christian afirmou que Daniel e Suzanne chegaram transtornados na casa dele dizendo que iam matar os pais de Suzanne. Quando Daniel e Suzanne encontraram Christian no Cyber Café onde estava Andreas, irmão de Suzanne, levaram-no de carro até a casa dos Richthofen. A caminho da casa dos pais, já pretendendo matá-los, Suzanne fumava um cigarro de cravo como se estivesse indo a um parque de diversões.
O depoente afirmou ter subido ao quarto do casal, mas não bateu em ninguém. Ficou na janela vendo o irmão bater em Manfred e Marísia. Christian disse que, depois de ter visto o assassinato, não conseguiu dormir.