Choque de demanda

Em pouco mais de trinta dias a barreira dos US$ 80 por barril de petróleo se aproxima perigosamente dos US$ 90, numa escalada sem precedentes que coloca a economia mundial diante de uma realidade inimaginável há poucos anos.

Os analistas do setor estão confusos diante do quadro atual, garantindo que os preços elevados têm origem em manobras especulativas, mas se mantêm altos em face da demanda excessiva do combustível.

Há um ano, por exemplo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) soltou suas projeções para a economia globalizada, estabelecendo a premissa que o preço médio do barril de petróleo para este ano estaria em torno de US$ 75,50.

A reunião anual da entidade, marcada para esses dias, terá de encarar realidade diametralmente oposta, exigindo dos técnicos uma explicação cabível para o fato de terem errado em cerca de US$ 15.

Para o vice-diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), William Ramsey, o que está em pleno desenvolvimento no mercado petrolífero é um choque de demanda e não de oferta. E na ponta mais insaciável está a China, que demonstra não sofrer o menor abalo em função dos preços elevados do chamado ouro negro.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estará reunida em meados de novembro, e só então o mundo saberá se a produção vai aumentar para conter a explosão dos preços.

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